Recentemente fui selecionada para um projeto de Boti chamado Geração Botik, iniciativa inédita que capacitou 200 mulheres para se tornarem influencers digitais 40+ com o intuito de democratizar o espaço das redes sociais. Você pode conferir a iniciativa aqui e aqui.
Difícil encontrar pessoas nessa faixa etária produzindo conteúdo né? Me lembro quando minha pele começou a mudar por causa da idade e meus produtos para fazer a make da pele não estavam mais funcionando. Como sempre fui procurar indicações com as blogueiras do Youtube e precisei rolar 48 inacreditáveis vídeos para achar alguém da minha idade.
Na época eu pensei: cara, não deve ter muita mulher de pele madura querendo falar sobre make por aí! Mas esse projeto me mostrou que eu estava errada.
Para estar entre as 200, concorri com mais de 3000 mulheres espalhadas pelo Brasil, o que, logo de cara já me ensinou a primeira lição: ao contrário do que dizem os memes de pessoas mais velhas utilizando as redes sociais, tem muita gente por aí produzindo conteúdo e querendo estar nesse mercado.
Depois de selecionada para a primeira fase foi dado início ao treinamento e, aparte os ensinamentos valiosíssimos que recebi, aprendi a segunda lição: não só existem mulheres 40+ que são creators, como o conteúdo delas é riquíssimo! Conheci dentistas, psicólogas, maquiadoras, ativistas, modelos, esteticistas, consultoras... Todas elas trazendo para seus perfis temas relevantes e carregados de experiência e valor.
Segundo o regulamento do programa, dentre as 200 mulheres seriam selecionadas 10 para participar do último desafio: O Brand Challenge. Eu estou entre elas. Foi uma fase em que pude ter a vivência de uma metodologia de cocriação entre creators, marca e agência para me preparar para futuros trabalhos.
Entre o curso e essa seleção final, tive minha terceira lição: competição não é sobre derrubar ninguém e sim sobre nos conectarmos a uma jornada de conhecimento e entrega. Quando damos o nosso melhor, sem agressividade e pressões desnecessárias, o resultado sempre vem.
Quando agimos de forma ética e não apenas pensando na nossa necessidade, mesmo os que não atingiram o sucesso (naquele instante) acabam por nos verem como exemplo e ficam felizes com a nossa vitória. Eu e as outras 9 finalistas pudemos vivenciar na prática essa afirmação e isso deu um sabor muito especial a nossa conquista.
Essas três lições eu vou levar para a vida e eu acredito que super combinam com a proposta desta comunidade, em especial a terceira: dá para exercer qualquer tipo de trabalho de forma humanizada e gentil não é mesmo? O que você acha?