Aproveitei o momento de finais de semana em casa pra começar, e terminar, essa série, já que ela é bem curtinha.
Das séries ignoradas pela mídia casual, Special consegue ser uma comédia bem equilibrada que aborda suas questões sociais de forma acessível, confortável e com ótimos insights para produção de um artigo ou post e para novas perspectivas sobre a produção de conteúdo.
Special foge de padrões estruturais comuns ao gênero, trazendo oito episódios de durações variadas, todos com menos do que os habituais vinte minutos de uma comédia americana tradicional.
“É uma perspectiva intrigante, já que geralmente as produções do tipo costumam focar ou em ser gay (como em Please Like Me) ou em ter uma deficiência (como em Atypical).” – Omelete
Ryan possui uma leve paralisia cerebral, começa sua trajetória dentro de um novo emprego, no qual, ele precisa produzir conteúdos para um blog de rotinas e auto-ajuda.
Cansado da vida “comum” ele decide aceitar um estágio não remunerado em uma agência de textos online para dar um ânimo a sua vida pouco agitada.
Ele também esconde sua deficiência, deixando colegas de trabalho acreditarem que foi atropelado por um carro, e por isso está mancando. Assim, decide reescrever sua identidade e finalmente ir atrás da vida que ele quer. Algo bem parecido com o meu momento.
Kim, que se torna amiga de Ryan, é uma redatora de sucesso que fez sua carreira em cima de discursar sobre o amor-próprio e a aceitação.
De uma forma totalmente autêntica e empoderada, deixando bem claro todo seu ponto de vista sobre tudo, possui o maior êxito e seus artigos são os mais lidos de todos os que trabalham na agência. Sou fã dela!
Ok! Mas o que me chamou atenção na série?
A Big Boss da galera cobra artigos autênticos de todas as equipes. Certíssima ela.
Acho que concordamos que há de ser assim.
Porém, ela utiliza alguns meios ''sinistros'' pra conseguir tudo isso. Pedindo artigos com o tema, ao Ryan por exemplo, “Sigo mancando, mas sigo em frente”. (Parei aqui pra não dar Spoiler). Pra algumas isso soa ser natural: você prefere ouvir uma boa história de quem acha que tem alguma pra contar. As histórias não boas e de superação também fazem sucesso!
Afinal, a gente quer saber da vida real na produção de conteúdo, né?
Vale tudo?
Special emite uma luz suave sobre a questão.
A comunicação em rede facilitou a propagação de ideias, informações e opiniões, notadamente nas redes sociais.
Métodos que viabilizam o compartilhamento da sua “voz” e disponibilizam o espaços para construir marcas pessoais consolidadas juntos aos consumidores do seu conteúdo.
Hoje, os meios on-line delineiam-se como um ponto de compartilhamento de experiências, no qual usuários dialogam sobre seu cotidiano e problemas pessoais e profissionais.
As semelhanças entre os indivíduos estão aí presentes, mas as diferenças também são muito óbvias.
Torna-se importante para cada um que está dentro de nicho o processo de diferenciação. Ter consciência de que as relações interpessoais são importantes, mas que também são as nossas particularidades que nos tornam únicos no mundo.
Por isso: VIVA A AUTENTICIDADE!
Mas lembra que falei que ele mente sobre o fato de ter paralisia cerebral? Então… (Vou me segurar, de novo, pra não dar Spoiler)
Por meio da oferta de informações notáveis e personalizadas, como é o caso da Kim, buscam resolver problemas, bem como promover o conhecimento e o entretenimento, dos leitores facultando a criação do engagement.
O processo se configura como um mecanismo que tenciona a retenção e a preservação de diferenciais.
É essencial que as ações sejam orientadas para atingir sentidos, coração e mente: o que não é uma tarefa fácil!
Hoje o desafio é cultivar um diálogo que induza seu público a aderir seu storytelling, produzindo uma experiência significativa.
Importante entender que ele deseja a identificação e espera suprir suas expectativas/necessidades lendo o seu conteúdo.
Produção de conteúdo é uma área muito promissora e a tendência é de que ela permaneça em expansão.
Special vale cada minuto assistido. Por ser uma história real, o roteiro de Ryan O’Connell é um relato pessoal, a trama ganha ainda mais peso e carinho do espectador! Como ganhou o meu.