“O super-poder que eu queria seria a neutralidade para me colocar no lugar do outro, sem julgamentos. Adoraria ter o super-poder de transformar preconceito em empatia.”, foi o que o ator Rodrigo Santoro respondeu para o jornalista Felipe Machado, da ISTOÉ, em divulgação do filme Super Power/Netflix, quando perguntado sobre qual poder especial ele desejaria ter.
Essa escolha de super-poder me tocou profundamente por diversos motivos. Primeiro, por acreditar que a empatia tem a capacidade de transformar realidades e pessoas. Segundo, por eu saber que é um super-poder que é possível de existir e de se ter. Terceiro, por eu estar cansada do caos que as pessoas intolerantes têm causado na nossa sociedade.
Um pouco de ficção
Inspirada na ideia de poder ter o poder da empatia, contratei os melhores cientistas do mundo e reuni empresários, que investiram milhões de dólares, para criarmos um dispositivo high tech da super-empatia. A tecnologia, de nome ainda não definido, tem o poder de nos colocar no lugar dos outros, de nos fazer compreender cada situação diferente de forma mais humana e de conseguirmos nos posicionar da melhor forma possível.
O dispositivo é uma película bem fina que podemos implantar em qualquer parte do corpo. A super-empatia é ativada por um sensor sensível ao toque. Basta encostar levemente com a digital do dedo indicador que o estado de atenção humanizado entrar em ação.
Diversos testes já foram realizados com sucesso. Apenas 1% das pessoas testadas não reagiram aos estímulos da película e/ou tiveram efeitos colaterais. Em breve, o produto estará disponível para todas as pessoas que desejam um mundo melhor.
Retornando para a realidade
A ideia pode parecer fantasiosa. Mas se existem estudos que apontam que fazer a "pose do herói"(ficar parado por alguns minutos na posição do super-homem) torna a pessoa mais forte e confiante, acredito que "ativar" a película da super-empatia pode nos tornar mais atentos para as necessidades do próximo.
A película fictícia da super-empatia é apenas uma sugestão de apropriação da ideia de termos controle sobre a prática da empatia. Toda vez que nos sentirmos desconfortável com uma nova situação, o dispositivo seria ativado magicamente para agirmos de uma forma mais humanizada e gentil.
Desta forma, gostaria de saber se você utilizaria da película do super-poder da empatia e em quais situações você a ativaria. Preciso ainda escolher um nome comercial para esse dispositivo (risos), tem alguma sugestão?