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Emoção. Por que observar a si mesmo é um caminho para a liberdade?

Emoção. Por que observar a si mesmo é um caminho para a liberdade?
Laíze de Barros
out. 16 - 5 min de leitura
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Momentos de perda e dor. Tristeza e emoções negativas que não controlamos e nem entendemos. Maltratamos a todos e ficamos alheios a dor dos outros, imersos em nossa tristeza nada enxergamos à nossa frente. Nos sentimos marionetes manipuladas por nossas emoções. Como ser livre e dono de nosso querer?

 Deixamos de ser marionetes de nossas emoções e caminhamos para uma transformação quando nos tornamos observadores de nós mesmos.

Ao nos tornarmos observadores de nós mesmos abrimos o caminho em direção à liberdade.  Saímos de uma posição de manipulação e descontrole quando nos perguntamos o que fazer e como agir em relação ao que sentimos.

A possibilidade de deixarmos de ser marionetes e sermos protagonistas de nós mesmos nasce deste exercício de nos observarmos e ao nosso redor. Depois de identificarmos a emoção, podemos nos indagar, o que fazer? Como expressar esta emoção e superar estas sensações desagradáveis? Como não ser preso de autoenganos? Do que temos medo?

A gestão de nossas emoções nos leva a buscar saídas.

Emoções podem trazer um pedido, uma sinalização para nós. Como atender esses pedidos?

Todas as emoções deveriam nos abrir possibilidades de ação. Se você parar e se observar poderá reconhecer seus padrões de respostas às emoções como medo, angústia, alegria e tristeza.

Medo, na maioria das vezes nos mostra que algo perigoso pode acontecer comigo ou com quem amo. O medo nos torna prudentes e nos coloca em alerta, mas pode nos paralisar.

Tristeza, nos sentimos dominados por pensamentos negativos e temos dificuldade de agir.

Alegria, nos sentimos potentes e positivos e temos energia para agir.

O nosso padrão repetido de emoções nos ensina sobre nós mesmos. A emoção se mostra em nosso corpo, taquicardias, falta de ar, dor de cabeça, agitação interna, sono intranquilo.

Os padrões de reações às emoções mostram muito do que somos, como “escolhemos” reagir a determinadas situações e traçamos um círculo vicioso que nos prende como marionetes nas mãos de marionetista.

Sabemos que essas “escolhas” são, muitas vezes, inconscientes, ou seja, desconhecemos sua verdadeira motivação interna. 

Observar a si mesmo e se perguntar sobre o que fazer nos leva a uma tomada de consciência sobre nossos padrões de reação às emoções.

Muitas vezes somos nossos próprios carrascos e caímos em armadilhas de diferentes tipos de medos. Tememos nos mostrar frágeis e vulneráveis aos olhos dos demais, ser vítima de interesseiros ou ainda podemos duvidar da bondade alheia. São medos que nos impedem de sermos bondosos conosco e empáticos com os demais. Nos afastamos da humanidade partilhada, o que de mais genuíno nos aproxima e conecta.

O observador de si mesmo faz uma jornada de herói para o autodesenvolvimento que pode ser o caminho para a liberdade.

O primeiro passo está no reconhecimento da intenção por trás de nossos atos, buscar desvendar as razões que motivam nossa ação e reconhecer padrões de respostas e hábitos que não nos servem mais, por exemplo, é um exercício de autoconhecimento necessário nesta trajetória. Se estivermos acompanhados de mentores teremos o privilégio de detectar pontos cegos, aqueles que estão bem à nossa frente e não enxergamos e muitas vezes nos levam à repetição de atitudes e comportamentos que desejamos modificar.

O tempo interno e uma escuta afetuosa, sem julgamentos e compassiva, são decisivos para o nosso autodesenvolvimento.

Aprender a dirigir nossa atenção e trazer consciência às nossas experiências – estar no aqui e agora pode ser o próximo passo para o autodesenvolvimento. Poderemos saborear o máximo das vivências e usar nossos talentos e competências a nosso favor quando estamos atentos e presentes com plenitude. Práticas de atenção plena são bem-vindas, "disciplina é liberdade”, já dizia o poeta.

Vencidos estes primeiros passos, não atuaremos mais como marionetes de nossas emoções, seremos mais livres e abriremos a porta para a empatia. Segundo o professor e pesquisador canadense G. Jinpa, ao aquecermos nosso coração estaremos prontos para formar vínculos porque a compaixão nos leva a ampliar nossa perspectiva incluindo os outros à nossa volta.

Parece fácil, mas não é. Todos nós partilhamos experiências no trabalho e na vida nas quais perdemos o controle e nos arrependemos amargamente depois, às vezes sem possibilidade de voltar atrás. Trata-se de um constante exercício de observação de si mesmo que não tem linha de chegada, como dito em Alice no País das Maravilhas, “se chegaste onde querias, venceste!”

Observar nossos padrões de respostas às emoções pode ser um caminho de transformação da sujeição para a liberdade!

 

 


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Laíze de Barros

Professora universitária, psicóloga e mentora para Jornadas de Aprendizagem, Laize de Barros

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