Ao avançar na decisão de criar conteúdo online percebi que existe uma sigla SEO (Search Engine Optimization) que é o mecanismo utilizado pelo google para decidir o que aparecerá nas suas pesquisas.
Como está muito longe da minha área de competência, as finanças pessoais, na curiosidade por melhorar resolvi pedir ajuda a alguém mais qualificado. Afinal não tem como ser bom em tudo nesta vida.
Convidei uma super especialista em Marketing Digital e SEO para ajudar você a se ser encontrado na internet, afinal quem escreve quer ser lido, correto?
A Claudia Assis é Jornalista, Assessora de Imprensa e Digital Marketeer. Nómada por natureza, vi a minha vida ser conduzida numa viagem transatlântica rumo a Portugal, tendo como objetivo inicial um mestrado em Comunicação Política na Universidade do Porto.
Claudia Assis - Jornalista e Assessora de imprensa
Desde então, a paixão pela Comunicação, nas suas mais variadas vertentes, levou-me ao Marketing Digital, desde o planeamento estratégico, passando pela criação e implementação de conteúdo, até a gestão em si, aplicando sempre as mais atuais táticas disponíveis.
E veja o objetivo de vida da Cláudia, que fantástico.
"fazer com que as ideias para o seu negócio saiam do papel e sejam aplicadas de forma criativa e eficaz!".
E agora é hora do show e convido a Cláudia a responder as suas e minhas dúvidas sobre este assunto tão importante.
1. Cláudia, você é especialista em SEO e uma dúvida que surge frequentemente é: "todo tema pode ser encontrado com um SEO adequado?”.
A resposta mais direta a essa é pergunta é “SIM”. Sem a menor sombra de dúvidas, qualquer tema pode ser encontrado em motores de pesquisa como, por exemplo, o Google, com uso das melhores práticas no que diz respeito a SEO. Mas chamo aqui a atenção para uma questão super importante: SEO vai muito além das palavras-chave relacionadas com as pesquisas feitas pelo usuário e potencial leitor dos nossos conteúdos. SEO é uma sigla para "Search Engine Optimization” que, por sua vez, significa “Otimização para Motores de Pesquisa” (em tradução livre).
Com isso quero dizer que, otimizar o nosso conteúdo para que ele seja apresentado nas páginas de resultados do mecanismo de pesquisa, para além do uso de palavras-chave adequadas aos interesses da nossa audiência, devemos ter em atenções questões mais profundas, desde o ponto de vista técnico (velocidade de carregamento das páginas do nosso site, se o nosso site está otimizado para dispositivos móveis, se não há links quebrados, entre outros), até o que está relacionado a conteúdos dentro e fora do nosso site (uso correto da palavra-chave principal ao longo das nossas páginas, otimização das imagens e outros conteúdos visuais para fortalecer o SEO, construção de links internos e externos de qualidade e que ajudem ganhar autoridade perante os olhos dos algoritmos dos motores de pesquisa… a lista é longa).
Esse é tema que, por si só, mereceria uma entrevista exclusiva para irmos aos mais pequeninos detalhes de tudo aquilo que está associado ao SEO.
2. Como especialista em finanças, tenho sempre uma dúvida de como as pessoas encontrarão o conteúdo que escrevo. Tem como melhorar isso?
Um dos objetivos mais importantes para os criadores de conteúdo é impulsionar o tráfego orgânico, ou seja, atrair potenciais leitores sem qualquer investimento em publicidade (Google Ads, por exemplo) para potencializar a entrega dos nossos conteúdos. É aqui que o SEO passa a ser vital para uma boa estratégia digital, a fim de melhorar os resultados.
Basicamente, antes mesmo de começarmos a escrever sobre seja lá o tema que for, temos antes que pesquisar hábitos de pesquisa e de leitura da nossa audiência, linha editorial e conteúdos publicados pelos nossos concorrentes, a popularidade dos tópicos a serem abordados e quais seriam as palavras-chaves mais indicados para cada tópico e muito mais.
Há dezenas de ferramentas disponíveis no mercado que podem nos ajudar a encontrar temas relacionados com as palavras-chaves que a nossa potencial audiência está a procura: SEMrush, Ubersuggest, Answer the Public, Google Keyword Planner, Google Trends e muitas outras. Mas a minha ferramenta favorita de todas é o próprio Google!
Se você estiver procurando por perguntas que as pessoas estão fazendo, seja o tema que for, o Google é um ótimo recurso. Se você inserir uma palavra-chave no mecanismo de pesquisa, uma seção chamada “People also ask” é exibida na página de resultados.
Essas perguntas estão diretamente relacionadas ao tema central da pesquisa, de acordo com buscas realizadas no Google pelos usuários. Vamos a um exemplo prático. Ao pesquisar por “finanças pessoais”, na seção “People also ask” aparecem as perguntas: "O que você quer dizer com finanças pessoais?”, "Quais são as 5 áreas de finanças pessoais?”, “Quais são os exemplos de finanças pessoais?”, "Onde posso aprender sobre finanças pessoais?”... Você pode continuar clicando nas seleções até ter uma lista extensa de perguntas relacionadas com tema inicial “finanças pessoais”. Ou seja, se quisermos ser encontrados, a caminho mais certo a seguir é respondendo às dúvidas da nossa audiência, ajudando a solucionar essas questões!
3. Quando se publica em várias redes sociais devemos copiar e colar ou conteúdo de autoria própria?
O melhor conselho que poderia dar aqui é: devemos evitar problemas de conteúdo duplicado! O Google NÃO tem uma penalidade propriamente dita para conteúdos duplicados. Porém, recompensa o conteúdo original e os sinais associados ao valor agregado a esse conteúdo.
Ou seja, NÃO espere ter uma classificação elevada no Google com conteúdo encontrado em outros sites mais confiáveis. A partir disso, o Google escolhe a melhor opção para mostrar aos usuários, dependendo de quem são e de onde estão. Portanto, às vezes, um conteúdo duplicado poderá aparecer no resultado de uma pesquisa, desde que seja relevante para o usuário.
A minha dica nesses casos é: reaproveite esses conteúdos de forma inteligente e eficaz. Não se limite a simplesmente copiar e colar o seu conteúdo de ponta a ponta, de uma plataforma para outra. Faça pequenos ajustes no “novo” conteúdo, criando um título diferente do original, utilizando imagens diferentes e otimizadas para o novo conteúdo, modificando também os subtítulos e a introdução do seu texto etc. Basicamente, use o conteúdo original com inspiração, como base para um conteúdo novo que será partilhado em outras plataformas.
4. É cada vez mais comum o uso de #hashtags para auxiliar a busca por conteúdos. Como escolher as #hashtags adequadas?
Em primeiro lugar, é importante entender, apesar de o uso de hashtags ser cada vez mais comum em praticamente todas as mídias sociais, não podemos tratá-las de forma igual, visto que a relevância poderá diferir de uma plataforma para outra.
Dito isto, muitos profissionais de marketing de mídia social acham que uma “boa" hashtag é aquela que é mais usada. Embora a popularidade desempenhe um papel importante, há muito mais a ser feito na hora de escolher as melhores para a nossa estratégia digital.
O fator mais importante a considerar é quais hashtags o nosso público-alvo usa ou pesquisa, já que o objetivo aqui é fazer com que as nossas postagens cheguem aos seguidores ideais. Por outro lado, se estiver usando hashtags com as quais seu público-alvo não se preocupa, na melhor das hipóteses, você estará atraindo um monte de pessoas que, provavelmente, não estão interessadas no produto/serviço. Há diversas ferramentas que podem nos auxiliar neste sentido, mas nada tão eficaz como checar o que a nossa concorrência está fazendo, como e quais hashtags estão usando e, partir disso, montar a nossa própria estratégia para ajudar os usuários a encontrarem mais facilmente os nossos conteúdos.
5. Me fala sobre sua paixão profissional e o que te motiva a seguir nesta área?
Como profissão, o marketing digital é fácil de amar. Como hobby, é mais fácil ainda transformar o marketing digital em uma profissão. E foi mesmo assim que nasceu a Menina Digital: uns blog post aqui, uma gestão de comunidade numa rede social acolá… um hobby que virou paixão e, rapidinho, se transformou em amor mesmo! O que mais fascina nisso tudo é saber que estamos conectados, trabalhando em rede e em nível mundial. Se ainda havia alguma dúvida sobre o potencial do nomadismo digital, a atual conjuntura acabou por comprovar o conceito em torno nesse novo estilo de vida e trabalho: basta um computador ou, até mesmo, um dispositivo móvel e acesso à internet para podermos comunicar com pessoas dos quatro cantos do mundo. Quer exemplo melhor que eu estar em Portugal respondendo a uma entrevista feita por alguém que está no Brasil, a um oceano de distância?
Entretanto, é importante ressaltar que o marketing digital não é moleza. Pode ser estressante, especialmente se você tiver seu próprio arbítrio. Existem prazos, mudanças no status quo, escalabilidade com que se preocupar e outras tantas questões que podem tirar o sono de qualquer profissional nessa área. Mas mesmo com alguns “entretantos”, ainda assim o saldo é mais que positivo. O universo digital me fascina porque derruba barreiras e encurta distâncias. E já não tem como ser diferente disso!