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Como criar conteúdos nesse momento tão crítico da pandemia

Como criar conteúdos nesse momento tão crítico da pandemia
Aline Barbara de Oliveira
abr. 14 - 7 min de leitura
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Essa questão não é falta de criatividade ou de assunto, mas uma questão de empatia. Isso mesmo quem cria conteúdos faz isso com a vontade de ajudar as pessoas informando ou ensinando algo, mas esse conteúdo não é frio, sempre colocamos nosso sentimento ali, seja com um pouco de humor ou provocando algum desejo no leitor, quem cria conteúdo de forma humanizada entrega um pouco de si e não só conhecimento.

Sabemos que por trás de cada conteúdo criado há um interesse, seja ele tornar-se uma autoridade, ser lembrado pela sua audiência e até mesmo vender um produto ou serviço, afinal todos nós precisamos sobreviver. Mas não dá para isso ser feito de um modo agressivo, visando somente seus próprios interesses sem ter empatia pelo momento conturbado da sua persona.

Não há como negar que há muitas pessoas tristes, exaustas, desanimadas, aflitas, desempregadas, com dívidas, medos e incertezas. A dor do luto que nossa sociedade vive, envolve pessoas físicas e pessoas jurídicas e isso mata inclusive aquela que deveria ser a última a morrer: a esperança.

Um exemplo disso é que sempre começo minhas lives dando uma boa noite cheio de energia para mostrar minha alegria e gratidão pelas pessoas que estão ali presentes naquele momento comigo. Mas essa semana decidi antecipar uma pausa nas lives que eu já havia programado para fazer alguns ajustes de estratégia, porque eu não ia conseguir manter aquela energia de alto astral como sempre fiz.

Admito tenho muito o que agradecer por estar saudável junto com minha família, mas passei por uma semana muito complicada em relação à pandemia. Em menos de uma semana faleceram dois vizinhos, duas mães de amigos meus, um pai de um amigo meu e dois colegas de trabalho. Fora pessoas conhecidas que estão internadas por conta da Covid-19. Portanto, meu sentimento de pesar era muito maior que a alegria das pessoas que poderiam estar comigo na live e não seria justo com essas pessoas eu estar ali amargurada.

Eu fiz meu post explicando que não haveria live e desabafei num grupo de networking que faço parte e aos poucos começaram a surgir os comentários das pessoas se solidarizam comigo e relatando suas dificuldades também nesse momento tão delicado, onde cada um de nós conhece alguém que se foi, ou seja, não se trata de um número e sim uma vida, uma pessoa que partiu e deixou sua história para trás.

Por coincidência li um artigo muito interessante do João Branco do Méqui com o título: “Enquanto seus clientes choram, é hora de vender?”. Ele dá uma dica essencial tanto para o vendedor como o consumidor:

Para o vendedor ele sugere pode adotar um tom mais adequado ao momento, oferecer serviços diferentes, cobrar preços justos. E para o consumidor ele aconselha ser mais compreensivo, generoso e empático com quem está tentando sobreviver economicamente.

De marketing agressivo a marketing massacrante

Enquanto isso há um outro tipo de marketing tão agressivo que está massacrando as pessoas. Uma amiga fez a inscrição num curso gratuito desses lançamentos de cursos. Ela gostou do que aprendeu, mas como cabeleireira entre tantas brasileiras que estão sem conseguir trabalhar nessa crise, ela não tinha o dinheiro para comprar o curso, no dia do “fechamento  do carrinho”, ou seja, dia de encerramento das inscrições do tal curso, ela recebeu uma ligação, na verdade, gravação, com uma mensagem que dizia, algo assim: "você não pode ficar fora desta oportunidade que vai mudar a sua vida, e se o problema for dinheiro você pode pagar com dois cartões de crédito diferentes. Agora se você não consegue ir atrás do dinheiro é porque você prefere essa zona de conforto onde só há fracassados, pessoas medianas que só reclamam da vida, mas não se mexem para sair do lugar. Você tem duas opções: continuar vivendo no mundo dos derrotados, sem clientes, sem dinheiro vivendo uma vida medíocre ou fazer um curso que vai mudar sua vida pessoal e financeira, que vai te colocar em um outro patamar, que vai elevar seu status para um empreendedor de sucesso”.

Num primeiro momento essa minha amiga disse que se sentiu uma derrotada, parecia que aquela ligação a atropelou. Chegou a pensar em usar o valor do aluguel que tinha que pagar, mas colocaria em risco a segurança da família dela fazendo isso. Sim parece que esse discurso (sugestão) foi usado pelo “vendedor de cursos” em algum momento. Passada essa sensação ela despertou e sentiu raiva dessa abordagem tão agressiva, mas nem todos despertam.

Todo mundo precisa ganhar seu pão de cada dia, mas respeito e empatia é fundamental. Parece até que essas pessoas vivem em outro planeta, ou pelo mesmo em outro país (e pelo que sei alguns deles vivem mesmo), não conseguem perceber nossa realidade, nossa dor, e tentam empurrar algo a todo custo.

A resposta para a dúvida desse artigo é criar conteúdo humanizado


Conteúdo humanizado nada mais é do que se colocar no lugar da sua persona, compreendendo o que ela sente, quais são as suas necessidades e motivações. Ou seja, é maximizar a empatia e gerar uma conexão com seu público e dessa forma você se aproxima das pessoas.

Acredito que nesse momento devemos usar as técnicas da comunicação não violenta e do marketing de gentileza. E quem não conhece isso, basta conferir o trabalho da Laíze Damasceno.

Quem souber ter empatia neste momento vai se destacar, porque vai conquistar mais que a atenção do público, vai conquistar seu respeito e afeição.

O que eu gostaria de expressar através do meu conteúdo nesse momento

Aos que perderam alguém nesse momento, eu queria que minhas palavras pudessem ter o dom de amenizar esse sofrimento.

Aos que estão angustiados pela diminuição da renda ou sem emprego, eu gostaria que meu conteúdo fosse capaz de gerar esperança e inspirar essas pessoas a encontrarem novas alternativas.

Aos profissionais da área da saúde um queria enviar uma mensagem de gratidão e que pudesse ser revigorante, pois sei que o cansaço é grande, mas o prazer de salvar vidas é maior.

E aqueles que estão com amigos e familiares doentes, se eu pudesse gostaria que meu conteúdo se transformasse num sopro de vida para dar saúde e tirar os enfermos dessa condição.

Mas, como sou apenas uma produtora de conteúdo, uma voz solitária nesse universo virtual, eu só posso expressar minha solidariedade, minha empatia e reunir minha fé clamando pelo fim desse pesadelo.

Contem com minha colaboração a apoio, afinal juntos somos mais fortes!

Muito obrigada por sua leitura!

Sinta-se à vontade para compartilhar e comentar.

 

 


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