Há quase 2 anos resolvi voltar ao mercado de trabalho, voltar não, resolvi entrar de vez em algo que me tornasse uma pessoa útil, um ser humano criativo, ativo e satisfeito.
Sou uma mulher de 42 anos, solteira e sem filhos. Aos olhos da maioria sou livre, mas além de ir vir, comecei a questionar essa minha tal liberdade.
Por que mesmo livre, me sentia presa em minhas ideias limitantes sobre mim mesma? E aqui um parênteses: essas crenças limitantes a respeito de eu ter feito o suficiente dentro da minha aptidão profissional.
Faço o que gosto, administro meu tempo relativamente bem e o que não está de acordo, deixarei que o tempo e alguns pormenores tomem conta do acaso e assim, seguirei meu rumo. E não é que o acaso me pegou de surpresa?
Talvez a pandemia acelerou uma decisão que deveria ter sido tomada antes de acontecer. Talvez...
Fazia da leitura uma companhia constante e isso me fez ler 8 livros em 6 meses, todos alugados da Biblioteca Municipal da minha cidade. Minha sede por conteúdo variava entre romances e biografias, queria me encontrar em alguma história e assim, encontrar a resposta vinda de alguém que por ventura tivesse passado pelas mesmas dúvidas em que eu me encontrava. Era fácil me identificar com alguma personagem da Jane Austen.
Tinha várias respostas e uma delas era simples e objetiva mas ainda sim, incerta. E se o meu problema era não ter feito o que a imensa maioria das mulheres fazem: casar e ter filhos. Mas isso é um problema ou uma escolha?
A minha liberdade era justamente esta, ser diferente. Agora livre, porque essa dúvida em estar ou não, no lugar certo, fazendo a coisa certa me consumia?
Engana-se ao afirmar que eu era infeliz, não era. Este era o meu problema, não ter problema ou estar em uma zona de conforto na qual fazia das minhas pretensões algo desnecessário.
A escrita sempre foi um refúgio, um caminho do meio a minha espera e sempre me encontrei ao passar para o papel o que latejava dentro de mim.
Escrevia textos autorais, escrevia sobre personagens de filmes favoritos e até sobre futebol, sim, comecei a entender o lado tático e resenhei a Copa de 2006, fiz um blog que rendeu alguns textos em um site sobre futebol.
Agora vem a novidade, o começar de novo, fazendo o que eu seu fazer mas agora de um jeito diferente. Quero escrever, inventar uma estória, um caminho que eu possa chamar de meu, quero ser egoísta e dizer, deixa que eu vou e faço do meu jeito, vou errar sim, mas o acerto é logo ali.
Esta comunidade chamou minha atenção porque a palavra gentileza abre caminhos, e escrever sobre isto, faz de mim uma gentil e promissora atuante deste mercado digital.
Espero escrever mais por aqui.
Com carinho,
Tatiana da Luz S.
Produtora de Conteúdo Escritora e redatora web DESIGNER