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Anfitriã ou protagonista: que tipo de marca você quer ser?

Anfitriã ou protagonista: que tipo de marca você quer ser?
Ana Carollina Leitão
nov. 23 - 5 min de leitura
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Pense na melhor festa que você já foi. Tenho certeza que a anfitriã ou o anfitrião foi um dos motivos para você ter vivido esse momento inesquecível, certo? Mas também posso apostar que durante o festejo você pouco viu essa pessoa.

Provavelmente, ela estava cuidando para que todo mundo se divertisse.  E o protagonismo ficou para a hora de cantar "parabéns!", cortar o bolo e fazer  aquele discurso que todo mundo pede! Ou seja: ela assumiu o bastidor e, quando chegou a hora de brilhar, brilhou!

E o que isso tem a ver com produção de conteúdo? Bem, você já deve ter ouvido que uma marca precisa engajar com as conversas que estão rolando, certo? “Use o Google Trends, acompanhe as hashtags no Twitter, dê aquela olhada nos vídeos mais populares do YouTube” e por aí vai…

Mas será que as marcas precisam ser sempre protagonistas?

Seja a marca de uma empresa, pessoa ou organização não governamental, existe uma diferença entre ser anfitriã e protagonista. E isso tem tudo a ver com o tipo de relacionamento que você quer construir com a sua audiência. 

Foi em um curso de liderança e facilitação que ouvi falar em Art of Hosting ou, para nós brasileiros, Arte de Anfitriar. Depois de um panorama sobre essa metodologia, que combina processos conversacionais para convidar as pessoas a agir e lidar com os diferentes desafios, o que ficou forte para mim foi a proposta de criar espaço para conversas que constroem. Criar espaço para a inteligência coletiva emergir, permitindo que grupos cheguem a soluções para um determinado problema. 

Extrapolando essa ideia para o tipo de relação que a sua marca quer ter com o público, pode ser legal pensar formas de facilitar conversas que sejam relevantes para a sua audiência  — só que a partir da sua própria audiência. É deixar um pouco o protagonismo e ficar ali em segundo plano, potencializando o que vem das pessoas. 

As comunidades online, que hoje têm ressurgido com força total, são um exemplo disso. Nesse mundo digital, ser anfitriã ou anfitrião é abrir a sua casa (site de comunidade, grupo no Telegram etc.) e receber as pessoas. E é como parte da conversa que você vai conseguir entender melhor as necessidades delas e de qual  ajuda estão precisando para aí sim oferecer o seu melhor conteúdo.

Mas, antes que pareça que estou recomendando a criação de uma comunidade ou de mais um grupo de Telegram, vou deixar algumas ideias de como começar aos poucos. Sem pressa.

Aí vai:

Quem conversa com todo mundo, não conversa com ninguém.

Escolha o seu nicho. Aqui não se trata de negar a comunicação de massa, mas entender que a segmentação também é uma estratégia. Dentro do seu público, qual é aquela fatia de quem faz mais sentido se aproximar? A partir daí, busque entender como você pode ajudar essa comunidade.

O conteúdo é o meio, não o fim.

Nada mais, nada menos que Henry Jenkins, o pai da Cultura da Convergência, já falou há tempos que o conteúdo se espalha quando serve de alimento para as conversas mais corriqueiras. Sabe aquele bate-papo no cafezinho do trabalho? É por aí! E moeda social já ouviu falar? O Jonah Berger diz que as pessoas falam sobre um produto ou ideia para impressionar seus pares, uma espécie de “moeda social”, como ele chama. Dê ao seu público sobre o que falar a partir das conversas que já estão rolando.

Você não precisa participar de todas as conversas. E tudo bem.

Tenha calma e clareza para apostar nas conversas que fazem sentido para o seu negócio. Não desperdice tempo e energia produzindo conteúdo só porque aquela hashtag está no Trending Topics. Escute a sua audiência e perceba o que vocês têm, de fato, em comum. 

Entenda que o importante é o caminho. 

Conselho com cara de autoajuda, não? Aceitar que nem sempre o seu conteúdo irá conectar diretamente as pessoas à sua marca, mas que precisa sempre conectar as pessoas a outras pessoas leva a um caminho de longo prazo no qual o resultado, é verdade, pode demorar a chegar, mas certamente será mais verdadeiro que um conjunto de métricas de vaidade.

Então, da próxima vez que você pensar em entrar em uma conversa, considere se imaginar como anfitriã ou anfitrião. 

Faz sentido? Como você tem buscado participar das conversas do seu público?

 

Foto de Wendy Wei no Pexels


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