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Ainda há espaço para líderes autocráticos nos dias de hoje?

Ainda há espaço para líderes autocráticos nos dias de hoje?
Nattascha Araújo
out. 28 - 3 min de leitura
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- Tá com raivinha? Morra!

- Você se acha muito inteligente né?

- Vou contratar Fulano e ele é mil vezes melhor que você. Posso te demitir e não vai fazer falta.

Essas frases acima parecem surreais não é mesmo? Parecem falas do filme O Diabo veste Prada. Mas são reais e aconteceram comigo.

Para além das questões legais, eu gostaria de falar do tema produtividade, pois eu quero pensar que essas frases foram proferidas na intenção de fazer com que eu atingisse bons resultados no trabalho.

Bom, talvez seja necessário dizer que nas semanas em que ouvi essas frases, eu não fiz nada de produtivo, não é? É difícil conseguir resultados de um colaborador atacado no seu orgulho e autoestima.

Esse tipo de comportamento ainda é aceitável?

Basta uma pesquisa rápida sobre novas tendências de liderança para que se conclua que estamos em novos tempos, onde as transformações estão sendo conduzidas não pelas grandes corporações e sim pelos indivíduos e que, para alcançar o sucesso, as empresas têm que conectar seus propósitos aos propósitos dos seus funcionários.

Neste contexto, frases como as citadas acima, proferidas por um chefe autocrático, jamais trarão resultados extraordinários provenientes de quem as ouviu.

Sem contar que os funcionários que as escutam tendem a repetir os mesmos comportamentos, afinal de contas se esse tipo de abordagem fez o seu superior ocupar o lugar que ocupa, não é mesmo?

Com isto, pessoas ficam doentes e consequentemente as organizações também.

Mas como fugir desse cenário?

Gilberto Guimarães, no seu livro Liderança Positiva, nos aponta um caminho: a comunicação apoiadora. Ele nos conta que este tipo de abordagem procura “preservar ou desenvolver um relacionamento positivo, mesmo quando há feedback negativo”. Ela é focada em manter a atenção voltada para a descrição e resolução do problema e não na pessoa alvo do feedback.

Nesta técnica, o líder assume uma posição de responsabilidade diante do problema e busca desenvolver uma conversa construtiva, pautada em descrever o erro ou o comportamento a ser corrigido, mantendo uma escuta reflexiva em busca da compreensão do entendimento da mensagem.

E quem ganha com isso?

Sabendo que a comunicação avaliativa, aquela que faz julgamento das pessoas provoca nos indivíduos profundo sentimento de tristeza, busca por justificativas, e desistência dos processos, só podemos concluir que todos saem ganhando: corporação e funcionário.

Sem sombra de dúvidas, um ambiente positivo, que propicie a relação entre sentido e significado do trabalho com a vida pessoal do colaborador, favorece o engajamento. O liderado que se sente útil e ouvido, certamente manifestará o desejo de desenvolver habilidades, competências e criatividade, trazendo resultados superiores.

E para finalizar, como escapei da Miranda?

Bom, após um intenso trabalho de terapia para trabalhar minha sujeição ao líder autocrático, concluí que o poder de libertação estava em mim, que aquele tipo de interlocução só poderia me atingir se assim eu o permitisse. Então, juntei todos os meus caquinhos e disse: a partir de hoje, não aceito mais ser tratada dessa forma, gostaria que princípios básicos de boa convivência fossem seguidos, do contrário, não tenho como garantir minha dedicação a esta função. Deu certo ok? Estou feliz até hoje!

E você, já passou por alguma situação parecida com essa? Como lidou? Me conta nos comentários.


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