Aos 15 anos, a paixão da brasileira Duília de Mello era o céu, fascinada pela sonda espacial Pioneer 11 e inspirada no trabalho do astrônomo brasileiro Ronald Mourão e o cientista Carl Sagan, Duília queria ser astrônoma. Mas os pais eram contra, ouviu que “ia morrer de fome”. Mas foi! Hoje é consultora da Nasa.
A brasileiras Luciana Leite e Luisa Dile-Viegas, desde crianças amavam a Terra, a natureza. Luciana ouviu que “ser bióloga era um desperdício para minha inteligência”, “Que era melhor eu estudar medicina.” Assim ganharia mais e viveria melhor, com mais estabilidade, disseram.
Luisa Diele-Viegas, embora apoiada pelos pais, foi desanimada em sua primeira aula de Zoologia ao ouvir o professor dizer “Se vocês estão aqui para ganhar dinheiro, podem ir embora. Se é para desfrutar, boa sorte!”, disse o professor.
Mas elas seguiram em frente! Hoje fazem Pós-doutorado em Biologia.
Aos 17 anos, falava inglês e ajudava meu pai em seus relatórios de trabalho, e ele me aconselhou a ser Secretária por ter fluência na língua inglesa e ainda capacidade de organização e escrita, mas meu desejo era ser psicóloga. E fui!
Como muitas meninas que tem preconceitos e barreiras a enfrentar para fazer suas escolhas profissionais genuínas, eu tive que “fincar o pé” em meu desejo e negociar porque dependia financeiramente da família para bancar meus estudos.
Minhas virtudes e forças pessoais sempre foram voltadas para a atividades intelectuais que aqui relaciono ao elemento Ar: sabedoria, justiça e amor ao aprendizado. E fui ser “psicóloga da educação na vida”, professora desta área, gestora acadêmica e de projetos educacionais.
“O que você vai ser quando crescer”?
Acho que a maioria de nós ouviu esta pergunta quando criança e nem todos/todas foram estimulados a seguirem seus desejos, em especial as meninas.
A discriminação de mulheres exercendo determinadas profissões ou cargos pode ser considerada sexismo, um preconceito baseado no gênero ou sexo de uma pessoa e que afeta mais mulheres e meninas. A falta de modelos a seguir, desestímulo de pais, amigos e familiares, preconceitos em relação a determinadas carreiras consideradas menos lucrativas são fatores que pesam mais nas escolhas de carreiras de meninas.
Devemos a este tipo de preconceito, não apenas o impedimento de escolhas profissionais mais genuínas por parte das jovens, mas também do crescimento na carreira de profissionais do sexo feminino. No Brasil, mulheres estudam mais e têm renda 41,5% menor que os homens, relata pesquisa da ONU.
Percebemos em muitos adultos e profissionais experientes um distanciamento entre trabalho e vida, há frustração e uma busca exaustiva por sucesso que resulta em diferentes males psíquicos e físicos.
Recuperar o que nos fazia alegres e plenos em nossas atividades na infância tem sido um exercício presente em muitas consultorias de carreira. E nem sempre essa vivência é simples de ser executada devido ao lugar escondido que tais sentimento foram morar. Muitas vezes é necessário um processo de atualização da identidade.
A resposta sobre nossas escolhas profissionais não deveria depender de gênero, mas sim de nossas habilidades, talentos e competências que por vezes aparecem como tendência ou prazer por determinado tipo de atividades na infância e na adolescência e que podem tornar-se um Projeto de Vida.
Do limão, uma limonada!
As histórias escolhidas para exemplificar este artigo tem o papel de demostrar que mulheres podem e devem ser quem elas desejarem ser!
Nossa astrônoma brasileira, Duília Melo, não só venceu a barreira como criou um projeto para incentivar o interesse de crianças pela ciência e atua incentivando mulheres para seguirem nessa profissão.
As duas biólogas brasileiras, Luisa e Luciana,além e seguirem seu sonho de infância realizam pesquisa sobre a influência de pais, amigos e professores para afastar as meninas de profissões menos valorizadas como Ciências, Engenharia, Física, Matemática e criaram o projeto Rede de Mulheres na Ciência, @redekunhãase, para apoiarem as meninas que desejam ser cientistas. Acesse para saber mais sobre essa Rede bit.ly/RedeKunhaAse
Ao longo de minha carreira pude afinar meu instrumento de escuta e meu olhar para reconhecer tendências comportamentais e cognitivas de pessoas e grupos e apontar caminhos para um planejamento de vida e trabalho com a superação de desafios.
Eu criei o trabalho da minha vida depositando o meu amor ao aprendizado na realização de Jornadas de Aprendizagem. As Jornadas de Aprendizagem são desenvolvidas em formato de um curso ou Mentoria, em 4 etapas vivenciais nas quais os participantes desenham novas oportunidades de atuar a partir das próprias experiências, de dentro pra fora, e tem a oportunidade de conhecer ferramentas e metodologias para autodesenvolvimento que podem ser usadas no dia-dia.
Nas Jornadas de Aprendizagem, jovens e profissionais experientes podem avaliar as repetições e padrões, entender as escolhas realizadas, vencer barreiras e preconceitos e quem sabe até lembrar da infância e do que mais gostava de fazer... e voltar a fazer como um trabalho.
Você poderá encontrar as histórias completas aqui citadas em 2 reportagens:
Compartilhe este artigo para inspirar mais mulheres, jovens e demais profissionais.